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quarta-feira, 26 de junho de 2013

BUDAPESTE, "O DIAMANTE DO DANÚBIO"

Castelo de Buda e o Rio Danúbio
“Se você for de Paris a Budapeste, pensará que está em Moscou, mas se for de Moscou a Budapeste, pensará que está em Paris”.- Gyorgy Ligeti (músico erudito húngaro)
Budapeste apareceu para mim esplendorosa no filme Missão Impossível Protocolo Fantasma. Do filme não lembro absolutamente nada, mas a cidade ficou impregnada no meu consciente absoluto! Cismei de ir lá!
A oportunidade surgiu quando fomos convidados, eu e meu marido, a apresentar o espetáculo "Bonitinha, mas ordinária", de Nelson Rodrigues, com direção do Eduardo Wotzik, na cidade do Porto, Portugal, Depois dos entusiasmados aplausos portugueses, partimos rumo à cidade carinhosamente apelidada de "Pérola do Danúbio". 

É pouco.

Budapeste é uma cidade que se veste toda bonita para receber os convidados. A casa está sempre limpa, os anfitriões são alegres e elegantes, cuidam dos hóspedes com carinho e cuidado, para que se sintam em casa. Desde as mantinhas coloridas que enfeitam as varandas dos restaurantes até a música que se espalha pelas ruas, tudo encanta com tanta delicadeza. 


Muitas flores decoram a cidade
Por tudo, Budapeste é um "diamante do Danúbio".

Reservamos 5 dias completos para conhecer Budapeste. É tempo suficiente para um primeiro encontro, mas como fomos conquistados à primeira vista, poderíamos ter ficado mais. 

Do Porto embarcamos no vôo da TAP para Paris, jantamos com amigas, e, no dia seguinte, à tarde, pegamos o vôo da Air France, no Aeroporto Charles de Gaulle, para Budapeste. São 2 horas e meia, pouco mais até o Aeroporto Liszt Ferenc.

O hotel estava reservado, assim como o vôo, no site Hotwire (sou fã). 

Assim como em Praga e na Grécia, nos sentimos analfabetos em Budapeste. Esse era o nosso medo. O inglês ainda não é língua comum no país, em vários lugares eles não entendem patavina além do húngaro. 

A moeda local não é o euro. O país está na União Européia, mas a moeda ainda é o florin húngaro ou "forint" (HUF ou FT). Trocamos só 50 euros porque o câmbio no aeroporto é muito baixo. Você vai conseguir cotação muito melhor no hotel ou nas lojas. 

Assim que entramos no saguão principal do Aeroporto Internacional Ferihegy 1, o balcão do Airport Shuttle acenava com a salvação. E foi.  Compramos a ida e a volta para o hotel por 36 euros os dois, door to door. 

Desembarcamos na porta do Hotel Danubius Astória, um 4 estrelas tradicional com excelente localização. H-1053 Budapeste, Kossuth Lajos utca 19-21.

O quarto do Danubius Astória era bastaste confortável, mas o hotel cobra 12 euros por dia pela internet. A não ser que você vá para o saguão onde o acesso é gratuito. E o café da manhã, incluído na tarifa da diária, é "express"; quando você entra no restaurante, o garçom já coloca na sua frente um croissant seco, que morava lá há dias, e indica a máquina de café ou chá como opção. Dispenso.


Hotel Danubius Astoria
Hotel Danubius Astoria Quarto
Morrendo de fome, saímos a procura de um restaurante para o nosso primeiro jantar. 

Sem caminhar muito, encontramos uma ruazinha simpática, onde a Tratoria Barca Bianca seduzia com sua charmosa ambientação na calçada. Uma graça. Os pratos, depois que o garçom fez a gentileza de trazer um cardápio em inglês, eram convidativos. Pedimos um pato com capelletti recheado com gorgonzola e nozes, um talharim com funghi e rúcula, um vinho Cabernet Franc, água, um tiramisú e um espresso. Tudo estava delicioso! Uma ótima surpresa! A conta foi 16400 ft, o que correspondia a mais ou menos a 164 reais.1052 Budapest, Fehérhajô u.5


Tratoria Barca Bianca
No dia seguinte, bem em frente ao hotel, pegamos o ônibus de sightseeing Hop On Hop Off - 19 euros por dois dias e um passeio de barco.

Fizemos o circuito completo para ter uma idéia da cidade e descemos em Buda Castle. 

A cidade de Budapeste é formada por três partes que se uniram na "Belle Époque" da Monarquia Austro-Húngara: Buda, Peste e Obuda. As cidades, que agora formam uma só, Budapeste, foram ligadas por nove pontes sobre o Rio Danúbio. As mais famosas são a Ponte das Correntes, a Ponte da Liberdade, Ponte Elizabeth e a Ponte Margrit.

Não é complicado se locomover em Budapeste, a cidade é aconchegante, dá para fazer a maioria dos passeios a pé. 

Buda, a antiga cidade medieval, é a parte mais residencial, onde, no alto da colina, fica o complexo do Palácio Real, "Buda Castle".
Você também pode ir de tram até o ponto de onde saem os ônibus para o Castelo. Ou, em Peste, atravessar a Ponte das Correntes, construída em 1849, a primeira que ligou as duas margens do Danúbio, e  subir pelo Funicular que sai da Praça Clark Ádam.


O Castelo de Buda, antigo Palácio Real dos reis húngaros, foi construído no século 18 pelo Rei Bela IV, um dos mais importantes monarcas húngaros. No complexo estão a Galeria Nacional, a Biblioteca Nacional, o Museu Histórico, o Palácio Sándor, o Teatro de Dança Húngara, a Igreja Mathias, o Bastião dos Pescadores, o Museu da História Militar, a Igreja Maria Madalena, o Labirinto, a Cidade Medieval. Nas ruínas do antigo Mosteiro Dominicano se instalou o Hotel Hilton.


Castelo de Buda
Teatro de Dança Húngara à esquerda do Palácio Sándor
A Cidade Medieval, tombada pela UNESCO, é uma graça com suas casinhas medievais preservadas, lojinhas e restaurantes charmosos. Fomos direto visitar a Igreja Mathias.

Igreja Mathias (Nossa Senhora) foi fundada no século XIII, no reinado de Bela IV, chegou a ser transformada em Mesquita em 1541. Foi destruída e reconstruída várias vezes e só definitivamente recuperada em 1970. Ali, em 1867, foi coroado o imperador austríaco Franz Josef e sua mulher, a belíssima e infeliz Imperatriz Elizabeth (imortalizada por Romy Schneider como Sissi). O telhado de cerâmica colorida é lindo. A estátua de Nossa Senhora, no altar gótico, leva uma réplica da coroa húngara. Os dois órgãos de 1909 são tocados na missa das 10h aos domingos, acompanhando o coral. A Igreja, que leva o nome do Rei Matias Corvino, oferece concertos durante todo o ano. Ingresso a 1000 HUF pode ser comprado no stand em frente à porta de entrada dos visitantes. Abre todos os dias de 9 às 17h. Sábados de 9 às 13h, domingos de 13 às 17h. 


Igreja Mathias
Busto da Imperatriz Elizabeth (Sissi)
Ao lado da Igreja Mathias fica o Bastião dos Pescadores, construído em 1895 para homenagear, com suas sete torres, as sete tribos que fundaram o país. Ali ficava o antigo mercado medieval, onde se vendia peixe. Encontramos um grupo de jovens que cantava, lindamente, à capela. Também no Bastião, um Café com música ao vivo atrai os visitantes.


Bastião dos Pescadores e atrás a torre da Igreja Mathias
Tomamos um goulash, ensopado feito com carne, batata, cenoura e páprica, no Restaurante Arany Hordó. 1014 Budapeste, Tárnok utca 16. 


Restaurante Arany Hordó na Cidade Medieval
O Goulash é uma especialidade hungara, assim como as carnes de caça, javali, foie gras e sopas, além dos salames. E, quase tudo, é temperado com páprica.


Café em frente à Galeria Nacional Húngara
Compramos algumas lembrancinhas nas lojas ao longo da rua e resolvemos descer pelo funicular.


Loja na Cidade Medieval
O Funicular foi construído em 1870 para servir aos funcionários do Castelo de Buda. Hoje, é um passeio romântico e agradável de 100 metros que dura menos de 5 minutos. Ingresso 1000 HUF. 1072 Budapeste, Akácfa u.15


Funicular de Buda
Funicular

Funicular de Buda
Descemos pelo funicular até o Ponto Zero (marco de onde se medem todas as distâncias). E, atravessando a Ponte das Correntes, chegamos em Pest.


Praça em frente à descida do Funicular e a Ponte das Correntes
Ponte das Correntes
Conta a lenda que o escultor se gabava de ter esculpido leões perfeitos, e se jogaria no Rio Danúbio se alguém descobrisse um só defeito nas estátuas. Depois de observar atentamente, um operário gritou: 
- "Mas os leões não tem língua!"
O pobre escultor teve que se jogar no rio
. A sorte é que sabia nadar...

Pest é a parte plana da cidade, onde fica a maioria das lojas, restaurantes, parques e onde os turistas encontram atrações como a Ópera, o Parlamento, a Basílica de São Estevão. A cidade é pontilhada de jardins floridos e praças onde fontes jorram água do chão para surpresa dos pedestres.

Seguimos andando pela beira do Rio Danúbio, até o Pier 11 para pegar o Barco do Sightseeing. 

"Shoes on the Danube Promenade" é um monumento em homenagem aos judeus sacrificados na Segunda Guerra. Fica na margem do Danúbio.

Ok, você ganhou um passeio de barco junto com o ingresso do Hop On Hop Off. Não fique tão entusiasmado... São dezenas de Piers com dezenas de barcos de sightseeing e nenhuma indicação de qual deles é o seu. Depois de uma longa caminhada, descobrimos uma placa mínima com o símbolo do Hop On Hop Off. O barco tem horários para sair, o último passeio é às 19h. Embarcamos junto com uma horda de turistas que não se incomodava de ficar espremidos nos bancos de madeira no interior do barco. Não, você não pode ir ao ar livre com os cabelos esvoaçando ao longo do Danúbio. São 45 minutos de passeio pelo rio; vai ali, dá meia volta, vai prá lá, dá meia volta, uma bobagem. Sente do lado esquerdo para ver melhor. E, se prepare, para enfrentar a ansiedade dos fotógrafos de ocasião.


Pier de barcos de sightseeing no Rio Danúbio
Depois dessa "aventura", andamos até a badalada Vaci Utca.

A Vaci Utca é a Oscar Freire, ou a Garcia D´Avila, de Budapeste. Nessa rua de pedestres, conhecida como Fashion Street, estão instaladas as lojas elegantes, restaurantes de autor, e circulam pessoas de todas as tribos, turistas, visitantes, elegantes, informais. Filiais da Zara, da H&M, Benetton, Polo Ralph Loren, Marks & Spencer, e muitas marcas locais. A rua é dividida pela Ponte Elizabeth, a parte norte é ocupada por restaurantes e bares. Na parte sul, ficam as lojas. 


Vaci Utca 
Loja na Vaci Utca
Jantamos no MURCI, mais uma surpresa deliciosa. O Murci fica ao lado do Cyrano e, sem querer, achando que estávamos no Cyrano, sentamos no Murci. Fui atraída pelas mantinhas floridas cuidadosamente colocadas no espaldar de cada cadeira. Descobrimos depois que os dois restaurantes são do mesmo dono, sendo que o Murci é mais informal. Pedimos de entrada o Daily Goatcheese (espetacular!), um risoto de funghi, pato para o meu marido e, de sobremesa, o chocolat soufflé, água, uma garrafa de Cabernet Franc. Não foi barato, 27940 fl ou 112 euros, mas valeu cada centavo. Foi uma refeição inesquecível! Kristóf Squere 8.


Restaurantes Murci e Cyrano lado a lado
Caminhamos de volta para o hotel, sob um luar esplendoroso. 
Estávamos apaixonados por Budapeste! 

No dia seguinte, fomos ao mercado, ao lado do hotel. Você pode pagar no caixa, como em qualquer mercado, ou na máquina, onde você coloca a mercadoria, e ela vai somando até o total. Muito prático!
O iogurte húngaro é uma delícia.


Máquina de pagamento no mercado
Voltamos a Buda, aproveitando o segundo dia do Hop On Hop Off, para visitar a Galeria Nacional Húngara. Fundada em 1975, fica dentro das instalações do Palácio Real e guarda os tesouros húngaros e a coleção de arte contemporânea. São seis exposições permanentes e sempre alguma temporária. Da cúpula se tem um visual lindo de Budapeste. Aberta todos os dias, menos segunda feira, de 10 às 16h. Ingresso a 1200 HUF. H-1014 Budapeste, Szent Gyorgy tér 2.


A Reconquista do Castelo de Buda, de Benczúr Gyula
Não nos demoramos muito na Galeria Nacional, saímos para passear pelo jardim e nos distraímos com uma feirinha simpática até sermos surpreendidos com a troca da Guarda! 

O Palácio Sándor, desde 2003, é sede do governo, residência oficial do Presidente da República, e, assim como no Palácio de Buckingham, uma cerimônia acompanha a troca da guarda.



Voltamos para o ponto do Hop On Hop Off e descemos perto do Parlamento Húngaro.


Esculturas espalhadas pela cidade
Para visitar o Parlamento Húngaro é preciso comprar o ingresso com antecedência e marcar a hora. Rodamos um tempo até descobrir que o ingresso é vendido no Museu Etnográfico, que fica em frente ao Parlamento, e custa 3500 ft por pessoa. A bilheteria abre às 8h e, para os brasileiros a visita guiada em espanhol, ou em inglês, são as melhores opções. 

Esperamos o horário marcado no Budapeste Bistro, a poucos metros, experimentando os queijos húngaros e o encorpado chopp Dreher. 1054 Budapeste, Vecsey utca 3.


Queijos e cerveja húngaros no Budapeste Bistro. Detalhe da mantinha na cadeira.
Cartão Postal da cidade, o Parlamento Húngaro é um monumento grandioso que beira o indescritível. A suntuosidade, elegância e pompa não intimidam o visitante que se deslumbra com tanta beleza. A visita guiada dura mais ou menos 1 hora. O prédio, construído no século 19 em estilo neogótico, inspirado no Parlamento britânico, é o maior edifício do país e sede da Assembléia Nacional. Foi concluído em 1904 e ali estão expostos a coroa de São Estevão e o cetro real., além das obras de Károly Lotz e Mihaly Munkascsy, dois importantes artistas húngaros. A cúpula tem 96m de altura, a mesma altura do domo da Basílica de São Estevão. Aberto de segunda a sexta, de 8 às 18h, sábados de 8 às 16h e domingos de 8 às 14h. 1055 Budapest, Kossuth tér 1-3.


Salão do Parlamento
Quando os políticos saiam para fumar.
Parlamento húngaro
Procurando um lugar agradável para jantar, encontramos, na beira do rio Danúbio, o Restaurante Dunacorso, onde uma Dixieland Band tocava o melhor do jazz. Embalados pelo som contagiante, passantes dançavam, no meio da rua. 

São muitas as recomendações para os turistas que se aventuram a pegar um Táxi em Budapeste. Nós sempre fomos bem atendidos. Tomamos um táxi para o hotel (que não era longe, mas já tínhamos caminhado o dia inteiro...) e pagamos 3000 ft. Caro? Talvez, mas foi providencial.

O Metrô de Budapeste, construído em 1896, é o mais antigo da Europa Continental e serve bem à cidade. Compramos o passe de um dia, "all day pass" (na estação Astoria, ao lado do hotel, a funcionária falava inglês), por 1650 ft cada um. O passe dá direito ao metrô e ao tram. Se for pegar o metrô, você tem que validar na máquina antes de pegar o vagão. A fiscalização é séria e funciona, guarde o seu bilhete. O ticket avulso custa 350 ft. Os trens circulam entre 4:30 e 23:00h.
São 3 linhas: 
Millenium (Amarela) - liga o centro de Peste ao Parque Municipal, 
M2 (Vermelha) - liga Buda a Peste abaixo do Danúbio.
M3 (Azul) - liga Peste do Norte ao Sul.
Todas as linhas se encontram em Deak Ferenc tér. ´

Além do metrô, o Tram funciona maravilhosamente e é bem mais agradável. São várias linhas que circulam nas principais avenidas e pela margem do rio. Em Peste, o Tram 2 passa ao lado dos principais monumentos da cidade e é chamada de linha "sightseeing". Em Buda, os Trams 19 e 41 oferecem uma vista linda de Peste. Não esqueça de validar o bilhete ao subir no tram. 

Para ir às Termas Gellert, uma das mais famosas da cidade, pegamos o Tram 47 (ou 49, todos os dois deixam na porta) e atravessamos a Ponte Elizabeth para Buda. 


Os simpáticos Trams de Budapeste
A ponte Elizabeth, assim como todas as outras pontes, menos a Ponte das Correntes, foi destruída na Segunda Guerra Mundial. Reconstruída no pós-guerra é uma das principais ligações entre Buda e Peste. 


Ponte Elizabeth à noite
Os romanos já sabiam que as águas de Budapeste são medicinais. Para aproveitar bem os benefícios existem vários banhos espalhados pela cidade, alguns públicos, outros não. O mais famoso é a Termas Gellert, dentro do Hotel Gellert, considerado o mais bonito de Budapeste. Aberto em 1918, tem várias piscinas mistas ou não, ao ar livre ou fechadas, com água mineral dos mananciais do Monte Gellert. O complexo inclui uma piscina, ao ar livre, com ondas artificiais a cada dez minutos, e uma piscina de espuma. Também estão disponíveis serviços de massagem, sauna e alguns procedimentos médicos. O prédio é lindo, enorme, de estilo secessionista (Art Nouveau), com mobiliário original, colunas de mármore e mosaicos coloridos. Vale a visita mesmo que você não esteja a fim de tomar um banho. Ao descer do tram na frente do Hotel Gellert, contorne pela direita e você vai ver uma enorme porta, sem indicação. É ali.


Hotel Gellert
Saguão do Hotel Géllert
Piscina de ondas das Termas Géllert
Por trás do Hotel Gellert há um caminho para a Citadella. A subida pode ser feita de ônibus, mas a pé é mais agradável. O Hop On Hop Off faz uma parada ali.  Logo no início do caminho fica a Igreja da Caverna, uma pequena capela esculpida na pedra, de 1926. 

A Citadella é uma fortaleza do século 19, construída pelos Habsburg, para vigiar os húngaros rebeldes. Ali estão expostos tanques e armas usadas na Segunda Guerra, quando os alemães usaram a Citadella como bunker. Hoje em dia, no topo do Monte São Gerardo está a Estátua da Liberdade. Durante 40 anos os húngaros sofreram o domínio soviético. A libertação aconteceu em 1989, devolvendo o país a seus habitantes, um povo gentil, alegre, educado e bonito. Como são bonitos os jovens húngaros! 

Depois de visitar Gellert, voltamos andando pela Ponte das Correntes até o Mercado Central. 

Adoro visitar os Mercados das cidades. Sempre surpreendem em todos os sentidos, paladar, visão, olfato, tato e audição! É uma confusão deliciosa. Inaugurado em 1897, o Mercado Central de Budapeste não é diferente, tem todos os atrativos e mais um pouco. No primeiro andar, todas as especiarias da cozinha húngara; no segundo andar, uma feira de roupas, acessórios, artesanato, objetos de decoração, que são vistos por toda a cidade pelo dobro do preço. Um restaurante de comida típica húngara é bastante concorrido no local. Além do prédio, projetado por Gustaf Eiffel, ser lindo. Segunda de 6 às 17h, de terça a sexta de 6 às 18h, sábados de 6 às 15h. Fecha aos domingos. 1093 Budapeste, Vamház körut 1-3. 


Telhado do Mercado Central
Mercado Central
Barraca de Legumes no Mercado Central
Barraca do Mercado Central
Barraca de Sal no Mercado Central
Perto do Mercado, em direção a Kálvin ter, fica a Rua Ráday, que é considerada o Soho de Budapeste por sua movimentada vida noturna. Ali fica o badalado Café Costes, filhote da matriz parisiense. Bairro IX.

A Ópera de Budapeste, Operház, é famosa em todo o mundo pela qualidade de seus espetáculos. Infelizmente, não conseguimos assistir a nenhum, mas não abrimos mão de uma visita guiada. Inaugurado em 1884, o edifício em estilo neo-renascentista cheio de detalhes em ouro, pintado com murais dos pintores Käroly Lotz e Arpád Feszty, é de uma delicadeza que justifica a fama. Possui uma das melhores acústicas para ópera do mundo, as poltronas da platéia são em madeira, para que a acústica seja perfeita. As visitas guiadas acontecem todos os dias às 15h e 16h, com guias em várias línguas (menos português). O ingresso custa 2900 ft por pessoa. Você paga uma taxa para fotografar, 500 ft (todo mundo fotografa, mesmo sem pagar) e pode optar para assistir a um mini concerto, 600 ft. O mini concerto é meio engana bobo. Acontece no Café, dura cinco minutos, o som da orquestra vem de um micro system, mas a voz da cantora é linda e tudo é festa nesse lugar tão imponente. A lojinha vende objetos graciosos. Para os espetáculos, compre os ingressos com antecedência. A bilheteria funciona todos os dias de 11 às 17h. 1065 Budapeste, Hajós utca 13-15. 


Ópera
Palco e platéia da Ópera
Platéia da Ópera com poltronas em madeira para a acústica perfeita
Ao centro o Camarote Real
Conta a lenda que Sissi adorava ir à Ópera, já Francisco não era tão entusiasmado assim. Quando Sissi resolvia ir sem o marido, não podia ficar no Camarote Real, tinha que se contentar com o camarote lateral ao palco, do lado esquerdo. Sem o marido, a Imperatriz não devia se exibir, nem ver o que se passava no palco, já que dali a visão é péssima.

Escadaria da Ópera
Conta a lenda que Sissi, a Imperatriz era uma mulher lindíssima, mas triste, vivia suspirando pelos cantos. Obcecada pelo peso ideal, fazia um regime rigorosíssimo, tão rigoroso que o marido Francisco vivia pedindo que ela se alimentasse. Para agradar a Rainha, foi instalado no topo da escadaria para o Camarote Real, um espelho daqueles que "favorecem". E Sissi, toda vez que ia à Ópera, sorria satisfeita ao ver sua bela e ainda mais magra imagem refletida para os súditos que a seguiam. 


O enorme espelho que refletia a esbelta silhueta da Imperatriz;
O mini concerto: a cantora e o micro system ao lado.
O belíssimo foyer da Ópera
Ao lado da Ópera, o Café Callas oferece vinhos e champagne numa varanda charmosa. Do outro lado da rua está o Café Dreschler e dois marcos do art nouveau húngaro: o Instituto de Balé, de Odon Lechner (o Gaudi húngaro), e o Teatro Ùj Szinház, de Bela Lajta. No restaurante Belcanto, em frente, os garçons cantam, às vezes, para os clientes. Dalszinház utca 8.


Ruas de Budapeste
Música nas ruas
Durante o passeio do Hop On Hop Off, o guia insistiu que todos deveriam conhecer o Café New York, um dos mais bonitos, senão o mais bonito do mundo. Exagero do anfitrião? Não.

O Café New York é realmente de uma beleza impressionante e talvez incomparável. Sim, como disse o guia, é mais bonito do que o emblemático Cafe Florian, de Veneza, do que o charmoso Café Tortoni, de Buenos Aires, do que o belíssimo Angelina, de Paris, só lembrando de alguns. E o cardápio oferece tentações múltiplas! Pedimos um chocolate com conhaque, um chocolate com amareto e, gulosos, um cheesecake! É de beber e comer com pena de acabar! O público é elegantérrimo e os garçons bem treinados, eficientes e gentis. Só não peça para um deles tirar sua foto; talvez por nervosismo ou pressa, ele vai focar no pé da mesa. Inaugurado em 1894, pelo Barão do Café Sandor Steuer, com toda a pompa, veludos, mármores, cristais, sedas e veludos, passou por maus momentos durante as guerras. Foi salvo do esquecimento e da deterioração total pelo grupo italiano Boscolo, que promoveu uma restauração minuciosa e reinaugurou o Café em 2010, sob o comando do Chef Andras Wolf. Fica dentro do Boscolo Budapest Hotel, um dos hotéis  multi estrelados da cidade. O Boscolo Salão Restaurante e o Bar são outros dois ambientes do enorme salão. Aberto todos os dias de 9 à meia noite. 1073, Budapest, Erzsébet körut 9-11.


Salão do Café New York
Detalhe do Café New York
"Hot chocolat with amaretto, tiramisu flavour and whipped cream" com "Cheesecake with apricot jam"
Caminhar pela Vaci utca traz agradáveis surpresas como a loja Philanthia. De bom gosto e bom humor a decoração se mistura aos objetos e bonecos que se espalham pelo seu interior. Flores artificiais tão frescas como as naturais parecem exalar perfume. Uma perdição! De segunda a sexta de 9 às 20h. Sábados de 10 às 20h. 1052 Budapeste Vaci utca 9.


Para uma típica refeição húngara, com carnes de caça, goulash e afins, o Restaurante Rústico é perfeito. Mas depois da champanhe, do suculento chocolate com cheesecake do New York Café, optamos por uma tábua de queijos húngaros e uma boa garrafa de vinho húngaro. Um trio de músicos embalava a noite com canções de vários países. Garota de Ipanema, Desafinado e Aquarela do Brasil pareciam perfeitamente adaptadas ao sotaque húngaro. 


Restaurante Rústico na Vaci Utca
Não conseguimos conhecer a famosa Sinagoga de Budapeste. Era sábado e estava fechada. Construída no século 19 em estilo romântico é a maior da Europa, com capacidade para 3 mil pessoas e o interior coberto em ouro. Fica no Bairro Judeu. 1074 Budapeste, Dohány utca 2. 

No Bairro Judeu ainda é possível ver as marcas de tiros nas fachadas dos prédios. Metro Deak Ferenk Tér.

Perto da Grande Sinagoga, na Dob uca, fica o Spinoza Kávéhaz, um café bastante famoso. E também o Museu Judaico, fundado em 1931.  No pátio, um memorial lembra os 600 mil judeus húngaros assassinados pelos nazistas. Uma interessante escultura em forma de salgueiro homenageia as vítimas do Holocausto. Em cada folha está gravado um nome. 7, Dohány utca 2. Metro Astoria

No caminho para a Basílica de São Estevão entrei na Scotch and Soda, que apresenta uma coleção para homens e mulheres de super bom gosto, com estampas e bordados lindos em modelos diferentes e charmosos. (H-1061) Budapeste, 2 Andrassy Street.

A Basílica de São Estevão não cobra ingresso, mas é obrigatório a fazer uma doação (?), coisa de uns 2 euros, no mínimo. O ingresso para o elevador panorâmico é pago (500 ft). O elevador leva até o terraço da Basílica, de onde se pode ver toda Budapeste. A Basílica é enorme, e a cúpula tem a mesma altura do domo do Parlamento, 96 metros. É a maior igreja da Hungria, com capacidade para 8 mil e 500 pessoas. Foi consagrada em 1905, depois de 54 anos de construção. Uma capela dentro da Basílica guarda a mais preciosa relíquia húngara, a mão mumificada de São Estevão. O órgão é datado de 1904 e tem 5898 tubos. Ele pode ser ouvido em concertos que são realizados na Basílica. Szent Istvan tér 1. 


Basílica de São Estevão
O Órgão da Basílica de São Estevão
Perto da Basílica, a confeitaria Gerbeaud, desde 1858, desperta a gula de aristocratas e plebeus. Na Praça Vörösmarty, o edifício de estilo francês, totalmente restaurado, sobressai. Sua cliente mais famosa, Sissi, a Imperatriz, deixava o rigoroso regime a que se impunha, seduzida pelos sabores açucarados dessa doceria. Aberta diariamente de 9 às 19h. V. Vörösmarty tér 7.


Cidade florida
Flores e Flores
Ali vizinha também a Duran´s, simpática lanchonete para um almoço rápido antes de seguir em frente. 7 Bajcsy-Zsilinszky ut.

A partir dos fundos da Basílica de São Estevão começa a Andrássy utca, a Champs Elysées de Budapeste, cheia de lojas elegantes de grifes conhecidas como Louis Vuitton, Gucci, Armani. Ali estão localizados o Museu Liszt Ferenc, a Casa do Terror e a Casa da Ópera. 

O Terror Háza, ou a Casa do Terror, é um museu que homenageia as vítimas do nazismo e do comunismo. O prédio era o antigo quartel da polícia secreta. Metro Deak Ferenk Tér.

Também na Andrássy utca, no número 60, fica o Café Lukács, elegante, que foi frequentado pela polícia do Estado que torturava dissidentes.

No outro extremo da Andrássy utca fica o Parque Varosliget, o Central Park húngaro, onde está a réplica de um castelo medieval. Lá se pode patinar, fazer esportes, e apreciar a famosa estátua Anônimo, citada no livro de Chico Buarque, "Budapeste". Na entrada do Parque fica a Praça dos Heróis.

Praça dos Heróis foi construída em 1896 para comemorar o primeiro milênio da nação húngara. É a maior praça de Budapeste, onde se encontra o Monumento ao Milênio, uma coluna de 36 metros de altura, cercada pelos 7 imponentes chefes de tribos húngaras. No alto da coluna, o Anjo Gabriel.


Praça dos Heróis
Em Varosliget fica o Szechenyi, o maior e mais popular banho termal, inaugurado em 1913, com um conjunto de piscinas num complexo lindo em estilo neobarroco. Você pode comprar o ingresso para um dia de spa. A água nasce da fonte abaixo da Praça dos Heróis. Aberto de 6 às 22h. Consulte no site os horários de abertura.


Termas Szechenvi
Antes de desbravar o Parque, descobrimos que o Museu de Belas Artes, bem ao lado da Praça dos Heróis, apresentava uma exposição de Helmut Newton. Nos deliciamos com as fotos inspiradíssimas desse espetacular fotógrafo americano. O prédio neoclássico guarda um belo acervo entre obras de Rafael, Picasso, Toulouse-Lautrec, Goya. De terça a domingo de 10 às 17:30h. Fecha às segundas. 1146 Budapest, Dozsa Guyörgy utca 41.


Museu de Belas Artes
Sempre florida
Do outro lado, outro imponente prédio se destaca, o Müdsarnok (Mercado de Arte), de 1895, que abriga exposições e concertos. Aberto de terça a domingo, de 10 às 18h. Às quintas está aberto até 20h.

O Restaurante Gundel é uma instituição húngara. Famoso pelo cardápio tradicional, e pelas instalações que abrangem o grande salão, a varanda e as mesas no imenso jardim. Pedimos um goulash, uma salada caesar, uma taça de vinho rosé e um espresso. A conta foi 6608 ft. Fica num belíssimo casarão entre a saída do metro e o Museu de Belas Artes. 1146 Budapeste, Gundel Károly utca 4. Tel: (36-1)8898100.

Ao lado do Gundel o Zoológico de Budapeste, criado em 1866, é um dos melhores da Europa e parece ser um programa perfeito para as crianças, que podem acariciar os animais. Consulte os horários no site. 


Zoológico
Também para as crianças, o Vidam Park, fundado em 1878, é um enorme Parque de Diversões que fica ao norte de Városliget. Consulte o site para horários de funcionamento. Também o Circo Maximus diverte as crianças.


Circus Maximus
O Parque Városliget é imenso, circunda um enorme Lago onde se pode alugar canoas para um passeio romântico.

Àli fica outro restaurante famoso, o Robinson, com sua varanda envidraçada de frente para o lago.


Lago do Parque e à direita o Restaurante Robinson
Aos sábados, de 7 às 14h, um Mercado de Pulgas acontece no Parque, com enorme variedade de itens. XIV, Zichy Mihály utca 14, Városliget.

Era Dia das Crianças na Hungria e o Parque estava todo em festa. Balões, mágicos, estátuas vivas, palhaços, brinquedos musicais, famílias se divertiam espalhados pela imensidão verde. Contratamos o Joe, um húngaro forte e falador, motorista de rikixá, para nos levar a conhecer o Parque. O passeio de meia hora custou 3000 ft. 



Brincadeiras divertidas
Parque Városliget
Passamos pelo Castelo Vajdahunyad, no meio de Városliget, erguido para a comemoração do Milênio. A combinação de estilos renascentista, gótico, barroco e românico foi a idéia de Ignác Alpar para ilustrar a evolução da arquitetura húngara. Cada parte remete a mais de vinte importantes monumentos húngaros.


Castelo Vadjahunyad
Passeios de charrete pela cidade
Joe nos deixou no metrô e fomos para o Teatro.

Com tempo sobrando antes do concerto, resolvemos tomar uma cerveja no Otkert, um restaurante cheio de personalidade, em frente ao Teatro. Aberto de 12 às 24h de segunda a terça, 12 às 4h de quarta a domingo, de 12 às 5h às sextas e sábados. 1051 Budapeste, Zrinyi utca 4.



Restaurante Otkert
Otkert com jazz ao vivo
O "The Danube Concert" no Teatro Duna Palota é como um show de mulatas para turistas que visitam o Rio de Janeiro, mais turístico impossível. Mas o Teatro em estilo neo-barroco é lindo, foi o antigo cassino do bairro, a acústica perfeita, e por mais turística que possa ser uma orquestra húngara, o som dos violinos, cellos, flautas e o folclórico "cimbalom", é perfeito. O repertório inclui Mozart, Tchaikovsky, Beethoven, Strauss, Liszt, Vivaldi, entre outros mestres. O maestro da Danube Symphony Orchestra brinca, os músicos se divertem, o público fica feliz. Zrinyi utca 5.


Teatro Duna Palota 
Depois do concerto apressamos o passo para o restaurante Karpacia, super recomendado, mas nos perdemos no meio das obras perto da Ponte Elizabeth e demos com a cara na porta. Por causa dos monges que moram ao lado, o restaurante encerra a cozinha às 22:30h. Sem choro nem vela. 5, Ferenciek tere 7-8.

A maioria dos restaurantes em Budapeste encerra às 23h, com monge ou sem monge. Fique atento para não passar a noite com fome.


Voltamos, meio decepcionados, pela Vaci utca e encontramos o Restaurante Casablanca aberto e ainda recebendo clientes. Não era a nossa melhor opção, mas salvou a noite.

Um amigo do meu filho, Vinicius, que encontramos no Porto, insistia para que eu e meu marido fossemos às Ruínas de Budapeste. Já tinha ouvido falar desses bares localizados em prédios abandonados e achava, sinceramente, que não era um programa adequado para nós. O Vinicius insistiu tanto que ao entrar no táxi, em vez de dar o endereço do hotel, mandamos seguir para Szimpla.

As Ruínas ficam em prédios condenados que, antes de serem demolidos, foram entregues a jovens que decidiram fazer dos espaços um ponto de encontro. Alugaram do governo por quantias mínimas, decoraram com o que tinham, ganhavam e arranjavam, e abriram com boa música, boa vontade e muita simpatia. Não cobram ingresso para entrar, vendem bebida a preço acessível, quem quiser dança, quem só quiser conversar, conversa. Deu certo.

Szimpla Kert é uma das mais badaladas Ruínas espalhadas pela cidade e, melhor de tudo, perto do nosso hotel. É um lugar único, com a decoração toda de objetos improváveis como tubos de gás, pedaços de madeirame, restos de ferro velho, luzes, música, gente bonita, gente comum, tudo em tamanha harmonia que parece que ali é o lugar ideal seja para quem for. Conhecemos um grupo de brasileiros jovens que também estavam surpresos e encantados com o lugar. Ponto para o Vinicius! Aberto de 12 às 3h todos os dias. VII, Kazinczy ut 14.


Szimpla Kert
Vários ambientes do Szimpla Kert
Foi uma bela despedida de Budapeste.

No dia seguinte, o shuttle estava no horário marcado para nos levar ao Aeroporto. E, no caminho para o portão de embarque, encontramos uma das lojas mais lindas e charmosas que vi na Provence, em Nice, a boutique de Michal Negrin. Embarquei levando na bolsa dois belíssimos brincos, um para mim e outro para a adorável namorada do meu filho.

Ao chegar em Paris, o trânsito caótico era consequência da enorme manifestação contra o casamento gay. Nous sommes arrivés...


OUTROS


- Hop On Hop Off 

- adultos 5000 HUF - estudantes 4500 HUF - crianças até 6 anos grátis.
- o ingresso pode ser comprado no hotel, no próprio ônibus, nos pontos de embarque onde ficam vendedores uniformizados.
- você pode embarcar e desembarcar durante todo o dia. 
- o ticket do ônibus dá desconto em vários estabelecimentos. 
- junto com o mapa você recebe os horários dos ônibus e do barco. 

- Aluguel de bicicletas - você pode alugar uma bicicleta para pedalar sozinho ou fazer um tour, desde 1000 ft. Descontos para grupos. Peste é uma região plana, se você não tem muita disposição, eles também têm bicicletas elétricas. A Hi-Bike tem vários pontos espalhados pela cidade. www.hi-bike.hu. Tel: +3630-900-8448.


Hi-bike
- ECSERI - street market - mercado de pulgas aos sábados. Fica mais afastado da cidade, no subúrbio  Nagykörösi ut 156. 

- Ilha Margrit - hoje é um oásis no meio do Rio Danúbio, mas no século XIII, em 1251, o Rei Bela IV enclausurou a sua filha, a Princesa Margit, ali, onde ela viveu num convento dos 9 anos até morrer. Bela IV prometeu a filha a Deus em troca do afastamento dos invasores mongóis. Na Ilha ficam o  Palatinus Strand, um banho aberto em 1919, o Jardim Japonês, as ruínas da Igreja Franciscana , do século XIV, a reconstrução da Igreja de São Miguel, a Torre de Água, de 1911, tombada pela UNESCO, com vista panorâmica, o Danubius Grand Hotel Margitsziget, datado de 1872. A Ilha pode ser percorrida por charrete, num passeio que dura 1 hora. Ou alugue uma bicicleta. Não é permitido o trafego de veículos. O ônibus 26 sai da estação Nyugati e é a forma mais fácil de chegar à ilha. De barco, no verão, saída de Vigadó ter rumo a Esztergom e Visegrad, com paradas na ilha. Os horários das partidas são informados em Vigadó ter.

- Parque das Estátuas - as estátuas da era comunista foram retiradas das praças e ruas e levadas para esse parque a 20 minutos do centro de Budapeste. Ali estão reunidos Marx, Engels, Lênin, e, ironia das ironias, uma lojinha de objetos reproduz relógios do exército russo, chaveiros, e toda sorte de lembranças do bloco soviético. Todos os dias saem ônibus da Deák tér às 11h. Não há nenhuma estátua de Stalin; o líder soviético teve suas estátuas destruídas depois da Revolução de 1956. O bilhete para o ônibus com direito ao ingresso do parque pode ser comprado na bilheteria ou no ônibus. Aberto de 10h ao anoitecer.

- Estádio Bozsik - para quem gosta de futebol e de conhecer os principais estádios. Puskás Ferenc Utca, honvedfc.

- Casa do Terror - museu instalado no prédio onde húngaros foram torturados pelos nazistas e comunistas. Ingresso a 4,70 euros. Andrássy Utca 60.

BANHOS e SPAS

- The Turkish Bathouse Velibej - o maio banho turco da Europa, datado de 1574. Ali há cinco banhos turcos de diferentes temperaturas, jacuzzi e piscina. Aberto das 6h às 21h.
- Rudas - construído em 1550, o edifício totalmente restaurado é um marco da ocupação otomana na Hungria. Alí as piscinas têm diferentes temperaturas assim como a sauna, que é separada para homens e mulheres. Nos fins de semana há festas programadas nas piscinas. Aberto das 6h às 18h ou 20h.
- Lukács- é famoso não só pelo poder curativo de suas águas, mas também pelos ilustres freqüentadores, entre os quais muitos políticos e artistas. Aberto das 6h às 20h.

RUÍNAS


Durer Kert
Fogas Hás
Instant 
MUSEU:

O Museu Nacional Húngaro foi fundado em 1802 e é um belo exemplo de arquitetura neoclássica. São três andares para exibir o acervo relacionado à história do país. Aberto de terça a domingo, de 10 às 18h. Ingressos 1100 ft. VIII, Múzeum körut 14-16.

COMO CHEGAR:

O Aeroporto Internacional mais antigo é o Ferihegy 1. Está localizado a 16km do centro.  Ferihegy 2A e Ferihegy 2B são mais distantes.

De Avião: para pegar um táxi no aeroporto vá para o balcão do lado direito do hall depois que sair da recolha de bagagem. Dê o nome e o endereço e pague. O taxi para o centro custa em torno de U$35. O taxi oficial é o Zona Taxi que calcula as tarifas por zona. O Airport Shuttle, transporte oficial em vans do aeroporto/hotel/aeroporto pode ser ajustado no próprio aeroporto, reservado pelo telefone (+36-1) 2968555 ou no site airportshuttle.hu.

De Trem: são 3 estações, duas em Buda e uma em Peste. Todas são ligadas ao metrô. A maior é a Estação Keleti, a 3km a leste do centro, na linha M2 do metrô. Ali chegam as linhas internacionais. A Estação Nyugati é a mais próxima do centro e reúne as linhas nacionais. Está ligada à linha M3 do metrô. A Estação Déli atende o Lago Balaton e o oeste da Hungria. Está ligada à linha M2 do metrô.

De Barco: é a maneira mais charmosa de chegar à Budapeste. Vários cruzeiros ligam Budapeste à Viena e à Bratislava. O ponto de chegada é entre a Ponte Liberdade e a Ilha Margrit, em Vigadó tér.


Barcos de Cruzeiro
Os ônibus azuis circulam por toda a cidade. Os com número e letra "E" são mais rápidos. À noite, os ônibus são opção, você deve se informar no hotel sobre o circuito noturno dos ônibus. Os bilhetes podem ser comprados no próprio ônibus e, para descer, pressione o botão verde. 

ONDE FICAR

Mercure Budapest City Center - a localização é bárbara, fica na Vaci Utca, a rua mais badalada da cidade. Vaci ut 20.
Boscolo New York Palace Budapest - é um luxo, todos os quartos tem banheira de mármore. VII, Erzsébet körút 9-11.
City Hotel Pilvax - o café da manhã é famoso e fica bem no centro. V, Pilvax köz 72.

ONDE COMER

Restaurantes:

Baraka - considerado o melhor restaurante de Budapeste é liderado pelo Chef Norbert Biró. Aberto diariamente, de 12 às 15h e de 18 às 23h. Faça reserva. IV, Andrássy út 111. Tel: 483 1355.
Costes - elegante e contemporâneo tem uma estrela Michelin. Durante a semana tem almoço executivo. Aberto de quarta a domingo, de 12 às 15:30h e de 18:30 às 24h. 9, Raday utca 4.
Nobu - japones elegante e sofisticado, aberto diariamente de 12 às 15h e de 18 às 23:45h. 5, Kempinski Hotel Corvinus, Erzsebet tér 7-8.
The Blue Rose (Kék Rôzsa Êtterem) - bom custo/benefício. Durante a semana não é preciso fazer reserva. 1077 Budapest. Wesselényi utca 9.
Fatál Étterem - também bom e barato, frequentado por locais. 1056 Budapeste. Váci utca 67.
Duna Corso - bom em frente ao rio. Praça Vigado ter 3.
Kis Pipa - não é turístico. Akacfa uca 38.
Restaurante Hummus Bar - para comer uma típica refeição judaica. www.humusbar.hu
Restaurante Menza - com visual dos anos 70, é típico com bom custo-benefício. VI, Liszt Ferenc tér 2.
Restaurante Sipos - de peixe, em Old Buda.
Restaurante Trofa Grill - na cabeceira da Ponte Margit em direção à Buda. É um self service muito bom. Peste.
Margit Kert - é tradicional com música cigana. Rua Margit que é continuação da ponte em direção à Buda. Peste.
Matias Pince - também tem música e é mais conhecido para turistas. Peste.
Experimente o vinho Tokaji húngaro.

Cafés:

Európa Kávéhaz - doces e cafés fabulosos. St. Istvan Korut
Komedias Kávéhaz - bom com piano. Nagy Mezo uca 26
Central Kávéhaz - KarolyiMihail uca 9
Duna Park Kávéhaz - art déco. Pozsonyi uca 38.
Ruszwurm - café de 1824, strudel com fama mundial. Szentháromság utca 7. Em Buda.
Csendes Tars - café no 5th District - decorado com trabalhos de estudantes de arte.
1000 Tea - um café tranquilo com ótima seleção de chás. Vaci utca 65.

COMPRAS:

DM - cadeia de cosméticos alemã.
Fortuna utca - rua de souvenirs
Herendi Markabolt - famosa cerâmica húngara. Cuidado com as imitações. Vaci utca 19-21.

ÚTEIS

Táxis: peça ao concierge do hotel ou do restaurante para chamar um táxi. Ou telefone para uma das companhias abaixo:
Budataxi - +36-1 2333333
City Taxi - +36-1 2111111
Fötaxi - +36-1 2222222
Zona Taxi - +36-1 3655555

Portal - welovebudapest.com

PASSEIOS:

Norma Fá - jardim fora da cidade com uma vista linda.
Lago Balaton - a 2h de trem.
Szentendre - essa pequena cidade foi fundada no século 18 e fica a 1 h de trem (pegar o trem embaixo da Ponte Margit, do lado Buda) de Budapeste. Ali fica o famoso Museu Húngaro a Céu Aberto, que mostra a vida rural entre o século 18 e a Primeira Guerra, também o Museu de Marzipã. Consulte os horários de abertura nos sites.





5 comentários:

  1. Adorei suas explicações, suas dicas!!!!
    Luciana

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  2. Adorei as explicações e as dicas de Budapeste!! Parabéns!! Luciana - São Paulo

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  3. As melhores explicações e dicas que já vi, muito obrigado.

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  4. Iremos num tour da ABREU para o Leste Europeu, gostei das dicas. No nosso caso, vamos conhecer de raspão Budapest, Praga, Viena e Berlim, devido o pouco tempo em cada cidade.

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