A cidade de Cartagena é uma explosão de cores com vigor e alegria contagiantes!
Ao ver a matéria na
revista especializada, decidi que era o lugar ideal para passar uns dias, cinco
para ser mais precisa, e esquecer todas as agruras impostas ao Rio de Janeiro
por um governo irresponsável. Meu marido sugeriu uma escala em Bogotá, cidade
que recomendo vivamente.
Ruas de Cartagena |
Palenquera |
Ruas de Cartagena |
A idéia era passar o
fim de semana na capital da Colômbia aproveitando o domingo para ir ao Museu do
Ouro e outros programas que estão no post “Bogotá, uma surpresa atrás da outra”.
Depois de 6 horas de viagem desde o Rio de Janeiro, o vôo da Avianca aterrissou no moderno e impecável Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá. Passamos 5 ótimos dias e, às 19h de uma segunda-feira, embarcamos para Cartagena.
Depois de 6 horas de viagem desde o Rio de Janeiro, o vôo da Avianca aterrissou no moderno e impecável Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá. Passamos 5 ótimos dias e, às 19h de uma segunda-feira, embarcamos para Cartagena.
A viagem dura em
torno de 1 hora, chegamos a tempo de jantar. O pequeno Aeroporto Internacional Rafael
Núñez, em Cartagena, é uma graça; o caminho que recepciona os visitantes é
cercado por plantas, os funcionários são rápidos e eficientes e, em poucos
minutos, estávamos pegando o voucher do táxi no balcão no lado de fora do
terminal. A mocinha entrega um papel com o destino e o preço, mas você paga
direto ao motorista. A corrida até o Centro Histórico custou 10000p.
Eu fiz uma confusão
com o dinheiro deles, mas trocávamos U$100 por 194000p, para se ter uma idéia.
O Centro Histórico,
Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, se divide em 4 bairros, Centro,
San Diego, La Matuna, Getsemani (fora dos muros). Não se hospede fora da cidade
murada, a não ser que você goste do estilo Miami de viver.
Nossa reserva era no
Hotel Balcones de Badillo, bem recomendado no Trip Advisor e com fotos lindas.
Esqueça. Apesar do pessoal ser simpático, não oferece o mínimo conforto. A não
ser que você tenha entre 18 e 25 anos e muito bom humor.
Hotel Balcones de Badillo |
Segunda-feira à
noite a cidade estava quase deserta. E nós, que chegávamos de Bogotá onde a
temperatura é sempre agradável, um friozinho delicioso, levamos logo uma lufada
de ar quente. Em Cartagena, a temperatura média anual é 30º C e eles não
distinguem as estações do ano.
Sentamos em uma das
mesas voltadas para a praça no restaurante Plaza Majagua. A falante Derly sugeriu
o honesto “Festival de Ceviches” acompanhado de um Chardonnay Misiones de
Rengo. O jantar acabou dentro do restaurante para onde corremos fugindo dos
mosquitos. Calle de la Tablada, 7-12, Parque Fernandez Madrid.
Cartagena foi
fundada em 1533 pelo espanhol Don Pedro de Heredia e faz parte do litoral
Atlântico conhecido como Mar do Caribe. Com mais de 1 milhão de habitantes foi
o mais importante porto da América espanhola e sede do Tribunal da Inquisição.
A Cidade Murada, ou
“corralito de piedras”, é a parte mais antiga da cidade, protegida por 11 km de
uma larga muralha construída para evitar ataques piratas
no século XVI. Ali dentro, está todo o charme e a graça de Cartagena com seu
casario em estilo colonial espanhol, balcões floridos e fachadas coloridas.
Romântica até dizer chega! |
Pode-se passear por
cima da muralha e, nos fins de tarde, músicos se reúnem na altura de Las Bóvedas
cantando e tocando para quem quiser dançar.
Depois do café da
manhã no Balcones de Badillo, que só ia até 9h30!, enquanto eu arrumava as
malas, meu marido foi em busca de um hotel mais confortável. Só
que um congresso ocupava a quase totalidade dos quartos. No passeio da noite
anterior, visitamos o charmoso Hotel Boutique Santo Toribio, mas o quarto
prometido não ficaria livre. Por sorte, ele descobriu o Hotel Três Banderas.
Quando comunicamos
que íamos fazer check out antes do previsto, a recepcionista do Balcones de
Badillo não pareceu muito surpresa, acho que está acostumada à fuga de hóspedes.
O Hotel Três
Banderas é uma casa de 200 anos em estilo espanhol, com pátios internos e 24
quartos. Preferimos ficar no primeiro piso, ao lado do jardim e de uma quedinha
d´água.
Sem luxo, o quarto é bastante confortável, espaçoso, muito limpo, a cama
ótima, e banho... bem, o banho em Cartagena é um caso à parte. Todas as
avaliações de hotéis reclamam da água intermitente ou quase fria. Eu entendi
que eles não usam água quente. O calor é tanto que, para eles, água morna quase
fria é quente. Talvez no Sofitel Santa Clara ou no sofisticado Hotel Charleston,
os mais chiques da cidade, o hóspede consiga tomar banho pelando. E, para falar
a verdade, um banho quase frio caía muito bem.
O café da manhã, apesar dos esforços da funcionária, complica no quesito comunicação. Difícil ela entender que pode-se queijo nos ovos mexidos E no pão. Não dá para entender porque, com a abundância de frutas, não se consegue um simples suco de laranja. É um café da manhã colombiano, com arepas e similares a que não estamos acostumados. Tal qual no Rio de Janeiro o serviço deixa a desejar, com a diferença que, na Colômbia, eles se esforçam para agradar ao turista. Calle Cochera del Hobo 38-66. San Diego. www.hotel3banderas.com
Pátio interno do Hotel Tres Banderas |
O café da manhã, apesar dos esforços da funcionária, complica no quesito comunicação. Difícil ela entender que pode-se queijo nos ovos mexidos E no pão. Não dá para entender porque, com a abundância de frutas, não se consegue um simples suco de laranja. É um café da manhã colombiano, com arepas e similares a que não estamos acostumados. Tal qual no Rio de Janeiro o serviço deixa a desejar, com a diferença que, na Colômbia, eles se esforçam para agradar ao turista. Calle Cochera del Hobo 38-66. San Diego. www.hotel3banderas.com
Banho tomado, internet
funcionando e refrescados pelo ar condicionado potente, saímos para conhecer a
cidade. A pé.
A parte murada de
Cartagena pode ser toda percorrida a pé, o único problema é o calor. As
lojinhas bem refrigeradas são a salvação. Ótimo, porque os homens não reclamam
das compras.
Baluarte de Cartagena |
A máquina fotográfica
vai ser sua melhor companheira de viagem. As casas e as pessoas coloridas, ruas
floridas, limpas, povo gentil e sorridente, são atrativos para belas fotos. Um
céu azul de estarrecer emoldura e tudo vira arte na cidade murada onde o tempo
para e a beleza impera.
Na esquina do
hotel, a Casa del Habano, um café-charutaria vende os melhores cubanos a preços
bem salgadinhos. Ali também se saboreia um bom café.
Casa del Habano |
A Plaza de Los
Coches, onde fica a Torre do Relógio, era, antigamente, a única entrada para a
cidade murada. Contava com três abóbadas à prova de bombas que serviam como
passagem de pedestres. Hoje, ali, no Portal de Los Dulces, o comércio de doces
se esparrama embaixo das arcadas. Ao centro da praça fica a estátua do
fundador, Don Pedro de Heredia.
Torre do Relógio |
Uma loja da
Desigual, marca espanhola de roupas coloridas e diferentes, fica na esquina da
Calle Portocarrero, perto do Portal de Los Dulces. Preste atenção nos lenços e
bijouterias.
Mais adiante a
Iglesia de San Pedro Claver é uma das mais famosas de Cartagena. San Pedro
Claver, conhecido como o “Escravo dos Escravos”, nasceu na Espanha em 1580 e
foi o primeiro santo canonizado no Novo Mundo. Religioso da Companhia de Jesus,
chegou à América em 1610 e se dedicou, de forma heroica por quase 40 anos, a
defender os fracos e oprimidos na época da violenta dominação espanhola. Nessa
época, Cartagena
de Índias era um importante centro comercial espanhol no Novo Mundo e o
principal porto negreiro. Recebia mais de 10 mil escravos por ano.
Optamos pela
visita guiada. Enquanto derretíamos de calor, Milton nos levava a percorrer o pátio, os
aposentos, o quarto onde Pedro Claver viveu, a sala onde morreu de Parkinson
(eu desconfio que foi de calor) em 1654, e depois a Igreja, onde, embaixo do
altar, lá está ele, o próprio, dentro de uma urna de cristal. Não cheguei nem
perto...
Iglesia de San Pedro Claver |
A Plaza de San
Pedro Claver, em frente à igreja, é repleta de esculturas que retratam
atividades cotidianas. Lá estão o barbeiro, o alfaiate, os jogadores de xadrez,
o vendedor de frutas. Na mesma praça fica o Museu de Arte Moderna. Entramos só
na lojinha do museu, super refrigerada, que vende objetos bonitos e diferentes.
Do outro lado, a Palenque Artesanias também tem peças bonitas, apesar da antipatia do dono.
O Cuzco é um
restaurante de comida peruana que descobrimos na caminhada. A recepcionista nos
mostrou o lugar com a maior boa vontade. Voltamos para almoçar e a mocinha já
não era a mesma simpatia. São vários ambientes em torno de uma pequena piscina
decorada com lindas flores flutuantes. Quando fizemos menção de entrar em um
dos ambientes, a ex-simpática nos barrou. Não estávamos vestidos adequadamente!
Naquele calor senegalês, meu marido usava camisa polo, bermuda e eu bermuda e
camiseta. Quem usa camisa social e gravata na cratera do vulcão? Fomos levados
para um ambiente ao lado, “menos formal”. O Piqueo Inca era gostoso, nada
admirável; o Turron, um pavê de sorvete tão duro que foi difícil cortar com
faca. Enquanto meu marido acertava a conta (não é barato), perguntei à mocinha
do caixa onde eu poderia encontrar as flores flutuantes que coloriam a piscina.
Ela demorou alguns segundos pensando, pegou papel e lápis e escreveu o nome da
loja, “Almacém La Sorpresa”, e o endereço, Calle de La Moneda, num papelzinho
retangular. Devolveu com o sorriso mais gentil possível. Adorei. Não tenho
piscina, a não ser uma decorativa de 25cm, e não sei por que cismei com flores
flutuantes, acho que não resisto a uma cor. Cuzco – Calle San Domingo, 33-48. À
noite, segundo avaliações colhidas, tem música ao vivo.
O engraxate na Plaza San Pedro Claver |
Palenquera |
Lá arrastei meu
marido para a Calle de La Moneda. Na minha cabeça, uma rua que tinha uma loja com
flores flutuantes tão lindas, teria, com certeza, dezenas de lojinhas com
objetos incríveis para casa! E o Almacén La Sorpresa seria o paraíso dos
apaixonados por decoração como eu.
Antes, passei na
TNS, quase em frente ao Cuzco, para comprar camisetas para o meu filho. Eu
fotografo, envio por whatsApp, ele escolhe. A TNS tem uma roupa jovem estilosa.
A Calle de La
Moneda é um mafuá de lojas de bagulharia. Andei de cima abaixo, prá lá e prá cá
e nada do Almacén La Sorpresa. Até que alguém informou que o La Sorpresa ficava
na rua de trás. Outro mafuá. O La Sorpresa é uma loja tipo 1,99, o que foi
mesmo uma surpresa. Depois entendi que aquela mal educada fez uma pegadinha.
Deve estar achando muito engraçado até agora a brincadeira de mau gosto. Agora,
um restaurante com pretensão de ser chique, exigindo traje formal aos clientes,
na hora do almoço, com funcionários antipáticos e debochados é muito deselegante,
não é mesmo? Ainda se a comida valesse a pena...
Enfim, encontramos nossa flores lindas na rua 25 de Março, em São Paulo!
TNS |
Enfim, encontramos nossa flores lindas na rua 25 de Março, em São Paulo!
Nosso hotel ficava
a menos de 50 metros da Plaza San Diego. Por acaso, ficamos num dos melhores
“points” de Cartagena. A praça é reduto de vários restaurantes gostosos, entre
eles o “La Cevicheria”, que não tem nenhuma pretensão, o ceviche é uma delícia,
o ambiente descontraído e os garçons são educados. Experimente a “Miss Celania”
de ceviches com uma cerveja geladérrima. Garanto que, aí sim, vale a pena!
Calle Estuard, 7.
La Cevicheria |
Ceviche de camarão com manga, huuum! |
Las Bóvedas |
A Plaza de La
Aduana é a maior e mais antiga da cidade. Ali, em 1894 foi instalada a estátua
de Cristóvão Colombo.
Na Plaza de Santo
Domingo, um dos lugares mais pulsantes da cidade, fica a Iglesia de Santo
Domingo, construída há mais de 400 anos com cal, pedra e areia do mar. É
surpreendente a quantidade de fiéis que estão ali enterrados. Acreditavam eles
que quanto mais perto do altar, mais importantes por estar mais perto de Deus.
Pagavam fortunas pela “localização privilegiada”. O altar atual é do século 20.
Segundo a lenda, o Diabo entortou a num ataque de fúria.
Iglesia de Santo Domingo |
Tumulos na Iglesia Santo Domingo |
Em frente a igreja
está “La Gorda”, a famosa escultura doada por Fernando Botero. Passar a mão nos
seios da gorda Gertrudis é certeza de voltar a Cartagena. Dá para notar que os
seios estão mais claros do que o resto do corpo de tão alisados.
Anualmente o
Festival de Cinema leva milhares de pessoas à cidade. Mas, em relação a teatro,
nada acontece. O que não deixa de ser curioso porque um dos teatros mais
bonitos que já vi nas minhas andanças por esse mundaréu de mundo, fica em
Cartagena.
O Teatro Heredia,
ou Teatro Adolfo Megia, inaugurado em 1911, passa despercebido ao turista que
passeia de charrete ou a pé. O casarão branco, fechado, impecável, não revela
os segredos de seu interior nem o passado esplendoroso. A visita guiada nos
leva ao palco, plateia, camarotes e amplas coxias. A guia fala com orgulho
compreensível já que o teatro, admiravelmente restaurado, é de uma beleza
extraordinária. As cores vivas do pano de boca e do teto pintados pelo mestre
Enrique Grau, a madeira rendilhada da balaustrada, a brancura do mármore de carrara
das escadarias, deixam o visitante estarrecido. Isso sem falar nos equipamentos
modernos.
Pena que tudo aquilo seja para nada. No teatro, atualmente, se
realizam congressos, casamentos, uma vez ou outra alguma peça vinda de fora.
Quando lá estávamos, uma atriz encenou um monólogo sobre violência contra
mulher, dentro da programação da 2da Gran Maraton de la Mujer. Não deixe de
visitar. Calle de La Chicheria 38-10.
Pano de boca Teatro Heredia |
Infelizmente,
outros teatros da cidade, como o Teatro Colón, em Getsemani, estão abandonados.
Vimos as arcadas da entrada do Teatro Cartagena serem emparedadas sentenciando
o seu fim.
Fora das muralhas,
o Castillo San Felipe de Barajas é um dos poucos lugares onde é preciso ir de
táxi. O ingresso é vendido ao lado da rampa de acesso. Fazia tanto calor que abrimos
os guarda chuvas para nos proteger do sol. Na verdade, o Castillo é a maior fortificação
militar erguida pelos espanhóis na América. A construção foi iniciada em 1657, para
conter os ataques piratas e os invasores, e demorou 36 anos para ficar pronta. São mais de 60
canhões, túneis estreitos, caminhos subterrâneos com pouco mais de 1 metro de
largura, cheios de ramais, que outrora abrigaram soldados, prisioneiros e
depósitos de pólvora. Dali se pode avistar toda a cidade. Na Bateria de Santa Barbara estão 7 canhões que defendiam o Cerro de La Popa, uma lojinha pobrinha e um
bar onde você só vai comprar sorvete e água gelada. É um daqueles passeios que
promete mais do que cumpre, mas vá assim mesmo.
Bateria de Santa Bárbara |
Em frente ao forte
está a estátua de Don Blas de Lezo que, mesmo sem um braço, uma perna e um olho
(!!), combateu heroicamente, expulsando os invasores britânicos em 1740.
Depois da curva,
na parte de trás do Castello, está o fotogênico Monumento a los Sapatos Viejos,
em homenagem a um verso do poema “A Mi Ciudad Nativa”, de Luiz Carlos López.
Castillo San Filipe de Barajas e o Monumento a Los Sapatos Viejos |
Para comprar
roupas de marcas conhecidas vá ao Caribe Plaza, ao lado do Castillo San Felipe
de Barajas. Lojas como Naf Naf, Quicksilver tem filial ali, mas não espere as
mesmas coleções da Europa ou Estados Unidos.
A maioria dos
táxis, como em Bogotá, não tem taxímetro, o preço é de acordo com a cara do
freguês. Nós tínhamos cara de 6000p. Para todos os lugares nos cobraram 6000p.
O Museu do Ouro de
Zenu não tem a exuberância do Museu do Ouro de Bogotá, mas, se você tem tempo
sobrando, vale a visita. Plaza de Bolívar.
Máscara no Museu do Ouro |
Cartagena tem 16
praças. Na arborizada Plaza de Bolívar o povo se reúne para conversar, tomar
sorvete ou comer as frutas vendidas pelas “palenqueras”, mulatas com traje
típico que se espalham pela cidade. Do outro lado do Museu do Ouro fica o Museu
Histórico de Cartagena/Palácio da Inquisição, fundado em 1924. A casa onde
funciona o Museu Histórico foi construída no século XVIII para tribunal do
Santo Ofício.
Os horrores da
Inquisição estão expostos com todas as letras, armas e torturas no Palácio da
Inquisição. A sala “Peso de las Brujas” mostra a bruxaria como expressão
cultural e a sala “Câmara de Tormentos” mostra a repressão como instrumento
político e religioso. Não é agradável de se ver.
Oração para acalmar marido |
No mesmo prédio, no
segundo andar, o Museu Histórico de Cartagena mostra a história da cidade de
modo burocrático.
A Catedral de
Santa Catalina de Alejandria fica bem no meio do centro histórico, perto da
Plaza de Bolívar. Sua inauguração foi em 1661, depois de 84 anos desde o início
da construção. De terça a domingo, de 10:30h às 12h e das 13h às 19:30h. Calle
de Los Santos de Piedra, Carrera 4.
Propaganda de 5 de março de 1920 |
O Señor Toro tem
um bife de lomo ótimo, a cerveja Colombia bem gelada, mas, apesar do garçom
afirmar que o ar condicionado estava ligado, fazia bastante calor. E não tem
cartão de crédito. Calle Santo Domingo, 35-55, esquina com Gastelbondo.
Señor Toro |
Sorvete e smoothie
são coisas que se toma o dia inteiro em Cartagena. Para refrescar. Adorei os
picolés do La Paletteria, uma delícia. A sorveteria fica ao lado de outra
sorveteria, perto da Plaza San Domingo. Calle 35, 03-86, local 02 (eu não
entendo esses endereços...)
Picolés do La Paletteria |
No final da tarde,
o melhor programa é admirar o pôr do sol deslumbrante no internacional Café del
Mar, um restaurante/bar/lounge/balada, de localização privilegiada, de frente
para o mar do caribe colombiano. O mojito e a piña colada deixam um gosto de
quero mais. À tarde, casais românticos de todas as idades, apreciam a vista
desde as mesinhas no pátio. À noite, a balada toma conta do lugar, famoso no
mundo inteiro.
Café del Mar |
A Candinaret é uma
galeria de arte que vende objetos exclusivos feitos a mão, como mobiles,
esculturas, pinturas. Calle de Las
Damas. Pasaje de La Candelaria.
O café colombiano
é famoso pelo sabor. São várias lojas espalhadas por toda a cidade que vendem o
produto em suas mais variadas misturas e sabores. Uma delas fica dentro da
Pasaje de La Candelaria.
Escultura da Candinaret |
Cafe Colombiano |
Jantamos no La
Bruschetta um risoto de funghi, carpaccio e um Las Moras Cabernet Sauvignon.
Gostoso, mas não especial. Plaza San Diego. Calle del Curato, 38-135.
Cismei de conhecer
Boca Grande, a parte “moderna” de Cartagena com pretensão de ser Miami, mas
que não passa de uma Barra da Tijuca exibida. Um aglomerado de prédios residenciais,
comerciais e hotéis, disputa o troféu do mais alto e mais feio. Entramos no
Plaza Mall El Castillo, um shopping recém inaugurado com pouquíssimas lojas. A
praia enorme de areia escura e algumas ondas tímidas é cheia de barraquinhas.
Para quem mora no Rio de Janeiro, como eu, não atraiu para o banho. Voltamos
correndo para a parte antiga.
Boca Grande |
A Cevicheria Wippy
é muito simples, não surpreendeu, mas não desapontou. Para um almoço rápido e
sem expectativa. Calle Santo Domingo, 33-81.
A Kia San Lorenzo
é uma loja de roupas com estampas bonitas e diferentes. São várias espalhadas
pelo centro histórico. Plaza Santo Domingo 35-55. Calle del Arzobispado 34-70.
Calle de Baloco, 2-28.
Limonada de coco!
Descobri essa bebida no “La Cevicheria”. A combinação é espetacular! Empatou
com a piña colada no quesito “delícias refrescantes e gostosas”.
As Chitas reproduzem
os ônibus que percorriam as estradas do país, cheios de gente dentro e com as
mercadorias e bagagens na parte de cima. São coloridas com as cores da bandeira do país.
Hoje, não fazem mais transporte público, são usadas para City Tours e até para
festas como a Chita Rumbera que percorre as cidades com música alta e bebidas
para os passageiros.
Chita Tour |
“Juan del Mar” é
um restaurante indicado por várias publicações. Na verdade, ele oferece 3
opções na Plaza San Diego: o restaurante peruano, o caribenho, do outro lado da
praça, e, do lado de fora do caribenho, uma pizzaria.
Pedimos um
“tiradito dos cremas” no Juan del Mar peruano e relaxamos apreciando o
movimento da praça.
Adoramos salsa.
Tentamos ir ao Café Havana, o mais badalado de Cartagena, mas estava fechado.
Mudamos o rumo para o Cachao, perto do hotel. Os drinques são deliciosos e
divertidos: Compay Segundo (daiquiri com coco), Celia (mojito com mandarina),
Fidel Y Su Vena (mojito clássico). A música “en vivo” é ótima e o atendimento impecável.
Calle de Las Bovedas cra 9, 3-9-47.
Atravessando o
Paseo de Los Martires, saindo dos muros pela Praça do Relógio, se chega ao
bairro de Getsemani, também de arquitetura antiga, mais popular. Ali, os hotéis
tem preços mais acessíveis. Em Getsemani fica o Café Havana e algumas casas de
salsa, shows ao vivo. Ligando a cidade murada a Getsemani está a Muelle de Los Pégasus,
o porto turístico da cidade, com a famosa escultura de Hector Lombana.
Pégasus, ao fundo a Torre do Relógio |
O Convento Santa
Cruz de La Candelária a 148 metros de altitude, foi construído pelos Agostinhos
em 1606 e é conhecido como “La Popa” por seu formato de barco. O táxi leva,
espera e volta. Nós pagamos 25000p e foi caro. O belo casarão com pátio interno é um museu que exibe algumas relíquias
da igreja, objetos e quadros que atraem menos do que o belo visual de Cartagena
que se tem lá de cima.
Pátio do Convento Santa Cruz de La Candelaria, La Popa. |
Vista de La Popa com o Castillo à direita. |
Passear de
charrete é um dos passeios mais do que turísticos de Cartagena. Os charreteiros
percorrem as ruas oferecendo preços de acordo com a duração do passeio e, de
novo, com a cara do freguês. No fim da tarde, depois que o sol se põe, é mais
gostoso. Ou à noite.
El Santíssimo, de
culinária típica da costa colombiana, é um dos restaurantes mais badalados e
requintados do centro histórico. Faça reserva. O menu Plan Milagro traz
entrada, prato, sobremesa e vinho à vontade por 2 horas. Você pode começar com
um espumante, mudar para branco ou tinto, harmonizando de acordo com o prato
escolhido. A comida é deliciosa. Calle del Torno, 39-76. Plaza San Diego.
Passeio de charrete ao pôr do sol |
Já reparou que o
melhor lugar para ficar é perto da Plaza San Diego?
Ir ao Caribe e não
mergulhar numa praia maravilhosa? Cartagena oferece vários passeios a praias
que prometem o paraíso. É só escolher nos folhetos distribuídos nos hotéis. Afinal,
ao lado dos casacos e lãs que usamos em Bogotá, estava acomodadinho na mala, um
biquíni. Um não! Dois!
Playa Blanca e
Islas de Rosario são os passeios mais famosos. Playa Blanca fica na Ilha Baru,
que tem uma frequência mais popular.
Por sugestão do
hotel escolhemos a Isla del Encanto. Segundo a recepcionista, em meia hora a
confortável lancha nos levaria a essa encantadora praia particular de um resort
onde nos banharíamos no mar azul do Caribe, almoçaríamos ao ar livre sob
coqueiros, e relaxaríamos nas espreguiçadeiras à beira mar.
Na hora marcada, 8h30
da manhã, a van lotada passou no hotel e nos levou até Muelle de La Bodeguita,
o porto. Lá, centenas de turistas resfolegavam de calor, esperando os
barcos que os levaria à praia prometida. Uma confusão para pagar a taxa de
turismo, 12000p por pessoa.
Embarque para as ilhas |
O “curto trajeto”
levou 50 minutos dentro da lancha com os turistas se espremendo e suando dentro
de coletes salva-vidas.
À primeira vista, a Isla del Encanto
não encanta. Paquetá é mais bonito. Naquele horário, com todas as embarcações
chegando, a água estava cheia de óleo do motor das lanchas, de pequenos barcos
infláveis e pedalinhos oferecendo passeios. São poucos lugares nas
espreguiçadeiras à beira-mar, disputadas a tapa. A areia é pedregosa, o almoço
é um bandejão. Eu só comi frutas, mas parece que a comida era gostosa.
Depois do almoço tudo melhora, os motores e os infláveis vão embora e a água clareia como num passe de mágica.
Isla del Encanto depois do almoço |
Isla del Encanto depois que a maioria dos turistas vai embora |
Piña Colada para a despedida da Isla del Encanto |
Na volta, a lancha
batia enfurecida nas ondas, contra a correnteza. Desagradável ao último ponto.
E o desavisado do sub-guia, filmando a cara de pavor dos pobres coitados dos
turistas a cada golpe do barco.
Se a cilada de
Bogotá foi o ônibus de sightseeing, a Isla del Encanto foi a cilada de
Cartagena.
Em terra firme,
corremos para o Café del Mar para esquecer o passeio e contemplar mais um
exuberante pôr do sol.
Anoitecer no Café del Mar |
Por do Sol no Café del Mar |
O restaurante
escolhido para o último jantar foi o clássico Brujas de Cartagena. No fundo do
salão, a cantora entoava músicas latinas. Apesar do jeitão formal, o atendimento é bastante simpático.
Brujas de Cartagena |
Pedimos creme de asparragos, tábla de ceviches e um Anakena Cabernet Rosé,
sugerido pelo maitre. Tudo perfeito.
Tabla de ceviches |
Tentamos, mais uma
vez, o Café Havana, mas a casa mais popular de salsa não aceita cartão de
crédito. Era nossa última noite e não tínhamos trocado dinheiro suficiente. O
show só começaria à meia noite e estávamos cansados. Desistimos.
Sob uma lua cheia
vaidosa, sentamos no Juan del Mar pizzaria, para ouvir o conjunto que tocava no
salão lotado do Juan del Mar caribenho, e tomar os últimos mojito e piña
colada. Na Plaza San Diego.
Nosso vôo saía no
fim da tarde para o Rio de Janeiro com escala em Bogotá. Almoçamos no Santo
Toríbio, um restaurante de comida árabe e internacional bem indicado. Você pode
escolher entre ficar no pátio ou no salão refrigerado. Calle del Curato, 38-49.
Chegamos mais cedo
ao Aeroporto Rafael Núñez para entregar as notas fiscais e os comprovantes de
cartão de crédito ao DIAN (menos comprovantes de restaurante, comidas). Se algum voo internacional estiver desembarcando,
você vai ter que esperar porque só um funcionário faz todas as funções. Para
facilitar, leve xerox dos comprovantes ou entregue os seus originais. Eu deixei
os originais, já tinha anotado tudo. Você vai preencher formulários e eles
prometem devolver o imposto (IVA) no cartão de crédito. Chegue bem antes da
hora do vôo, demora.
Na escala em Bogotá deu tempo de ir ao free shop, que é ótimo.
Ao andar pelas
ruelas estreitas de Cartagena, sentindo o calor acachapante e vendo passar os
corpos suados dos cartageneros, a memória remete aos grandes romances de
Garcia Marquez.
O escritor mantém uma belíssima casa na cidade.
Dicas:
- é muuuuuito calor. Estivemos em Novembro e o sol era
esturricante. Leve roupas leves.
- às vezes, os mosquitos atacam. Leve repelente.
- se você não gosta de banho morno/frio, é melhor se informar se o
hotel tem mesmo água quente.
- troque dinheiro nas casas de câmbio. Você vai ser assediado na
rua, evite as promessas de cotação acima do mercado.
- experimente: limonada de coco, piña colada, mojitos.
- experimente: arepas, arroz de coco e ceviche, ceviche, ceviche!
ONDE COMER:
Restaurante 8-18 – me indicaram este restaurante, mas não fui. É bem avaliado no
Trip Advisor. Calle Castelbondo 2 - 124 local 8.
Krioyo - restaurante típico bonitinho com música ao vivo. Tel: 6643383,
3106614218. Calle de La Mantilla, 3-49. Perto da Plaza San Domingo
Entrada do Krioyo |
Enoteca – Salón Garibaldi - aberto de meio dia à meia noite. Calle San
Juan de Dios, 3-39. www.enoteca.com.co
Crepes & Waffles – para um almoço rápido os crepes são bem gostosos. Calle San Pedro
esquina com Calle Amargura, 4-02.
Crepes & Waffles |
Bohemia - dentro do Hotel El Marqués – super bem avaliado do ambiente à
comida. Experimente o arroz com moluscos. Calle Nuestra Señora del Carmen,
33-41.
Don Juan - vive cheio porque a comida é ótima. Reserve. Regata e bermuda não são bem-vindas. www.donjuancartagena.com
Carmen - dentro do hotel Boutique Anandá. Ambiente super gostosinho com vista. www.carmemcartagena.com
Don Juan - vive cheio porque a comida é ótima. Reserve. Regata e bermuda não são bem-vindas. www.donjuancartagena.com
Carmen - dentro do hotel Boutique Anandá. Ambiente super gostosinho com vista. www.carmemcartagena.com
ONDE DANÇAR:
Mister Babilla – discoteca enorme para aprender rumba e salsa. Avenida del
Arsenal 8B-137. www.misterbabilla.com
La Escollera – em Boca Grande a discoteca tradicional é considerada patrimônio entre as discotecas. Para dançar os ritmos latino americanos. Avenida San Martin.
Getsemani - é o bairro onde os locais vão para a "night". Bares e baladas, shows de salsa garantem a animação. Fica 5 minutos a pé da muralha da cidade velha.
Calle Arsenal – com vários bares e baladas. Em Getsemani.
Getsemani - é o bairro onde os locais vão para a "night". Bares e baladas, shows de salsa garantem a animação. Fica 5 minutos a pé da muralha da cidade velha.
Calle Arsenal – com vários bares e baladas. Em Getsemani.
Casa Havana – para ouvir boa música de orquestra e dançar até se acabar. De
quinta a sábado, de 20:30 às 4h. Em Getsemani. Calle de La Media Luna esquina
com Calle del Guerrero. cafehavanacartagena.com
Quiebra Canto - shows de salsa. Em Getsemani. quiebracanto.com
COMPRAS:
Artesanias de Colombia - todo o artesanato colombiano esta exibido nesta loja. www.artesaniasdecolombia.com.co
St Dom - multimarcas de roupas, acessórios, design, móveis, numa loja de 700 metros quadrados. www.stdom.co
Quiebra Canto - shows de salsa. Em Getsemani. quiebracanto.com
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St Dom - multimarcas de roupas, acessórios, design, móveis, numa loja de 700 metros quadrados. www.stdom.co
ONDE
FICAR:
Casa
Puntales – hotel simples bem avaliado no Trip Advisor.
Calle de Los Puntales, 37-36.
Hotel
Boutique Santo Toribio – charmoso e bem central. 87,
Carrera 7, 36. Perto da Plaza San Diego www.hotelsantotoribio.com
Hotel Boutique Santo Toribio |
El
Marqués Hotel Boutique – são apenas 8 quartos com
atendimento elogiado. Calle Nuestra Señora del Carmen, 33-41.
Hotel
Boutique Casa Pestagua – no século XVII o belo casarão
pertenceu ao Conde de Pestagua. Calle Santo Domingo.
Casa Quero - hotel boutique pequeno e charmoso com clima descontraído. www.hotelcasaquero.com
Casa Quero - hotel boutique pequeno e charmoso com clima descontraído. www.hotelcasaquero.com
Sofitel
Santa Clara – construído em 1621 era um antigo
convento. Restaurado, são 122 quartos luxuosos nesse hotel de arquitetura
colonial. O restaurante El Claustro é aberto ao público. Calle del Torno, 39-29. Plaza San Diego.
Parabéns pelo post! Bem esclarecedor e conseguiu me deixar ainda mais animada para conhecer Cartagena. Obrigada.
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